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NOVO LUXO E AS BLUE ZONES

Atualizado: 9 de jan. de 2021



Em minha jornada pessoal em busca de uma vida com mais propósito e bem-estar, me deparei com a redescoberta e ampliação do que era entendido como luxo, e mergulhei profundamente no conceito de wellness/ wellbeing, intimamente ligado ao maior luxo que podemos vivenciar.


Luxo hoje, mais do que nunca, é sinônimo de autoconhecimento, leveza e espiritualidade, momentos de calma e reflexão. Antes trabalhava com conceitos como “exclusivo” e “único”, enquanto agora trabalha com “inclusivo” e “unidade”. Isso se reflete na atenção e cuidados com a tríade corpo-mente-alma, com a sustentabilidade do planeta, com os espaços simples e inteligentes, com o senso de comunidade e pertencimento, com as viagens com propósito, os movimentos de slow food, slow fashion, mindfulness…

Bem-estar significa estar bem em seu mais amplo sentido, e o que descobri e aprendi, ao mergulhar e me especializar no mundo do wellness e nas minhas viagens pelo mundo, foi que, a maioria das culturas com alto grau de saúde e bem-estar são as que mais se baseiam na conexão com a natureza e no senso de pertencimento e evolução através da conexão com o outro.

Atestando tudo isso encontramos a incrível descoberta das Blue Zones, ou Zonas Azuis: cinco lugares no planeta especialmente conhecidas pela longevidade de suas comunidades (onde viver mais de 100 anos é natural!) e por serem muito mais saudáveis que o restante do planeta. São elas: Okinawa, Japão; Sardenha, Itália; Nicoya, Costa Rica; Ikaria, Grécia e Loma Linda, Califórnia.

Dan Buettner, que primeiro descobriu e estudou as Zonas Azuis, é um membro da National Geographic e autor de vários best-sellers do New York Times. Dan e a equipe de demógrafos e pesquisadores descobriram que todas as áreas das zonas azuis compartilham nove hábitos de estilo de vida específicos, cunhados de Power 9® (pesquisas mostram que apenas cerca de 20% do tempo de vida de uma pessoa comum é determinado pelos genes):

1. Possuem um estilo de vida super ativa, movendo-se naturalmente e muito! (caminhada, jardinagem, passeio de bicicleta, dança, etc) ;

2. Cultivam um propósito ou “Plano de vida”;

3. Vivem de forma leve e simples (“slow living”), eliminando excessos e agentes estressores;

4. Ao se alimentar, seguem a regra dos 80% (param de comer quando o estômago está 80% cheio);

5. Sua dieta é quase que em sua totalidade à base de plantas e sazonal, sendo o consumo da carne vermelha mínimo ou inexistente, mas consomem peixes e frutos do mar em pequena quantidade);


6. Bebem vinho tinto moderadamente (1 ou 2 copos por dia);

7. Possuem alto senso de pertencimento – vivem em comunidade, com forte conexão, generosidade e respeito ao próximo. Geralmente se reúnem à noite para conversar, jogar domino, baralho ou dançar;

8. A família sempre vem em primeiro lugar;

9. Ressaltam o poder de viver na tribo certa: acreditam que o estilo de vida é contagioso!

Temos muito no que nos inspirar com as Blue Zones, e o momento atual vem instigando a volta ao básico e aos valores do que realmente importa: começamos a focar em eliminar o excesso em nossas vidas para nos concentrarmos no essencial. Em um mundo saturado com opções, começamos a reconhecer que geralmente “menos é mais” na jornada rumo a um estilo de vida mais completo e mais enriquecedor.

Descobrimos que experiências valem mais do que bens acumulados e que o tempo é o maior luxo que podemos ter. E é possível criá-lo a partir de resignificar nossas vidas e priorizar o que realmente é importante.






Andrea Gusmão

Consultora de marketing, comunicação e branding, especializada em wellness e mercado de luxo


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